
O que mais me motiva na cozinha é conseguir trabalhar e potenciar os ingredientes preservando todo o seu valor nutricional – inteiros, acabados de colher, e frescos. E para isso, é fundamental que a organização aconteça logo à chegada.. adorava ter uma horta só minha, ser auto-suficiente e poder colhe-los no momento do consumo, mas ainda não acontece. Um dia quem sabe 🙂 é um sonho! a verade é que a forma como penso as receitas é influenciada pela forma como tenho a minha cozinha organizada, e esta organização inicial é uma parte que não descuido nunca! – a custo de não conseguir ver o que tenho no frigorifico e acabar por deixar estragar ingredientes que adoro! E por vezes tanto me custa comprar.
Para começar destaco 2 momentos muito importantes.
1. A qualidade e o rigor das Compras.
Optar por alimentos frescos e de qualidade, gerados pela natureza (sem aditivos artificiais ou organismos geneticamente modificados), e o menos transformados possível. Dar atenção ao ritmo das estações e dos solos. Optar por confecciona-los em nossas casas, potencia-los da melhor forma e conserva-los adequadamente!
2. A grande decisão: Congelação ou refrigeração?
Aqui basta colocar tudo em cima de mesa, e avaliar como vai ser a semana.
Aprofunde conhecimento em baixo.
Nas casas seguintes dou algumas dicas que vão ajudar a instituir maior rigor na organização da cozinha. Cada um tem a sua dinâmica e organização, mas existem alguns pressupostos importantes e que podem ajudar em todas as casas.
Quais os passos para uma correta avaliação.
Congelação ou Refrigeração?
O que vamos e não vamos precisar nos próximos dias
O que pode ser congelado e o que deve ser mantido fresco.
O que precisa de perder volume para “ganhar” espaço de frio e o que vai por isso ser triturado e depois congelado!
Ou o que precisa de ser apenas descasado, cortado e congelado para utilizações diárias.
Ou o que pode e deve ficar no frio.. porque vai ser consumido brevemente.
E qual deve ser a nossa maior preocupação quando consumimos frescos:
Quando compramos frescos devemos preocupar-nos em garantir a máxima frescura de todos os ingredientes.
1. Saber como conservar a frescura dos ingredientes!
Desde:
o momento da compra,
ao transporte (atenção em não quebrar a cadeia de frio),
ao tipo de transformação que vamos fez em nossas casas,
ao método de conservação,
ao momento do consumo – e aqui é fundamental torna-lo o mais bio-disponível possível.
2. Saber o que fazer quando chegamos a casa.
Precisamos de preservar e potênciar o valor nutricional de cada ingrediente. E para o garantirmos numa vida agitada de dia a dia, nada como organizarmos as compras no momento da chegada – seja porque viemos do super mercado, do mercado, ou porque simplesmente o cabaz de frescos nos bateu à nossa porta.
A organização tem que ser funcional e adaptada ao dia a dia e dinâmica de cada casa.
Como decidir o que deve ser congelado?
O que vamos consumir nos dias seguintes e queremos manter fresco – como as frutas para comer á dentada ou os vegetais para utilizar em saladas, devem ser organizados em prateleiras no frigorifico. Costumo inclusive separar em caixas/gavetas para saber bem o que tenho. Ficando o novo mais para trás – FIFO (first in first out).
As frutas que são de estação e que queremos conservar por mais tempo deve ser congelada . São exemplo os morangos, framboesas, mirtilos, ..
As frutas que estão a ficar maduras demais, ou os vegetais e ervas frescas que estão a “amarelar” e que sabemos não vão ser consumidos tão cedo. Neste caso devemos descascar (apenas aqueles que não se pode comer com casca) ou simplesmente lavar muito bem, cortar em pedaços pequenos e congelar. Se soubermos gerir o nosso consumo nao chegamos a esta fase.. e já congelámos mais cedo, evitando a perda de nutriente.
Os ingredientes volumosos que nos ocupam muito espaço de frio (como ex. os espinafres, os agriões) e que queremos ir utilizando CRUS ao longo das semanas em doses pequenas, podem e devem ser triturados e congelados. São ideias para adicionar em pequenas doses nos sumos de fruta, batidos, bowls, arrozadas … ou outras receitas.
O ingredientes que vamos utilizando ao longo da semana em pequenas quantidades e que vão ficando abertos no frigorifico e que por isso vão perdendo propriedades nutricionais ( como ex. Beterraba, o nabo, cenoura, ..) podem e devem ser triturados e congelados.
Atencão: os talos podem e devem ser utilizados, e neste caso, também congelados. Normalmente repletos de nutriente e sabor! Sabia que o talo dos coêntros é onde está grande parte do sabor desta erva fresca?
E como deve ser congelado?
Pode optar por descascar as frutas e legumes que necessitam de ser descascados, cortar em pedaços e congelar.
E optar assim por:
1. Colocá-los em vácuo, num saco bem fechado ou numa caixa.
2. Triturar ou emulsionar com a ajuda da varinha mágica e congelar em cuvetes – neste caso, quando estiverem bem congeladas, retire das cuvetes e guarde em sacos fechados, de forma a poder repetir o processo com outras frutas ou legumes. Desta forma passa a ter diferentes sacos com frescos e congelados.
Atenção: nada deve ficar ao ar. Tem que ficar muito bem fechado ou tapado, e de preferência em vácuo.
Como os utilizo nas minhas receitas?
As frutas e os legumes devem ser selecionados com base num equilíbrio de sabores e jogo de texturas. Por vezes utilizo não apenas por questão de sabor, ou textura, mas também para adoçar a receita. E neste caso a técnica utilizada pode variar.. podendo optar por assar ou cozer para soltar os açucares livres! Ou simplesmente optar por frutas/legumes mais maduros. É um equilíbrio fundamental e que não deve ser descuidado.
E quando são congelados podem ser utilizados da mesma forma? Neste caso deverão ser utilizados em sumos, batidos, bowls, gelados, mousses, sopas, molhos para a Arne ou peixe, ou para dar vida a pratos de massa ou arroz. Entre muitas outras opções. Mas já não vai dar para comer a peça de fruta á dentada, ou utilizar os legumes crus como wrap ou em saladas cruas
As ervas frescas são uma excelente forma de tempero, assim como as especiarias – curcuma, gengibre ou malagueta frescas! E podem ser congeladas ou secas. E quando são congelados podem ser utilizados da mesma forma? A modo de utilização não é limitado nesta caso.
Boas receitas <3
Um comentário a “Congelar. Porquê?”
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