Os cereais integrais devem fazer parte de uma alimentação equilibrada, uma vez que nos fornecem proteínas, fibras, vitaminas, minerais, e hidratos de carbono complexos, isto é de absorção lenta.
E de dia para dia tenho mais presente a IMPORTÂNCIA do ingrediente, mas também a necessidade urgente de simplificar as rotinas! Só assim conseguimos ir contra a compra por impulso e a necessidade de compra de produtos industrializados e de baixo valor nutricional.. se queremos instituir bons hábitos temos que nos ajudar a nós mesmos – isto é, simplificar e instituir rotinas.
As regras de ouro.
1. Só tenho na cozinha o que sei que posso e devo comer.
Optar por comprar “para fazer uma asneira de vez em quando” não deve ser em nossa casa! a fazer é na rua, num dia especial ou num momento em que não dê mesmo para resistir.. penso que não devemos ter em casa com este intuito 🙂 é mesmo uma das melhores formas par procurarnos “substitutos” e nos lançarmos na cozinha na busca de novas receitas.
2. Procuro sempre cereais em grão, integrais e de preferência biológicos.
O facto de serem integrais significa que são inteiros e por isso hidratos de carbono complexos – de absorção lenta. Ao contrário dos cereais refinados que são hidratos de carbono simples – de rápida absorção.
Claro que devem ter sempre em conta o que constitui o prato – não apenas se o cereal é ou não integral! Olhem para o prato como um todo e compreendam qual o impacto que vai ter no vosso corpo – absorção rápida ou lenta?
3. Opto sempre por demolhar cereais e sementes integrais.
Por 2 motivos!
Tempo de cozedura: quando deixados em água, devem ser cozinhados com menos agua e por menos tempo.
Bio-disponibilidade: Os cereais integrais são revestidos de uma camada protectora que os torna mesmo bio-disponiveis quando por nós consumidos – são os fitatos! Este anti-nutrientes por vezes não nos permitem absorver minerais essenciais como – ferro, magnésio, cálcio, zinco. E é este o motivo para os cereais e sementes integrais devam ser demolhados – só assim se produz a enzima fitase que neutraliza os fitatos (acido fitico).
4. Mesmo demolhados podem ser congelados! uma excelente forma de conservação.
E também de poupar tempo na cozinha – quando chego cheia de pressa já não preciso de demolhar! basta cozer. Desta forma não preciso de pensar com antecedência no que vou preparar para a refeição.
5. Compro em grão, em flocos, tufados!
Opto sempre por comprar o mais inteiro possível, o que aumenta o prazo de validade e qualidade do mesmo. Só compro em farinha quando não tenho alternativa, caso contrário opto sempre por transformar na minha cozinha.
6 Utilizo a famosa regra da restauração: FIFO (First in. First out).
Não volto a encher um frasco enquanto não o acabar. Todos têm a validade. Estão sempre a ser utilizados para as mais variadas refeições.


Como os organizar na minha cozinha:
A organização tem que ser funcional. Na minha cozinha, tenho os meus frascos todos expostos num canto – sempre à vista! Porque a forma como penso as receitas é influenciada pela forma como tenho a minha cozinha organizada. A verdade é que o jogo de ingredientes depende do que tenho à vista… a utilização de um ingrediente puxa outro, e a criatividade simplesmente acontece. São muitos, e de cada vez que tenho visitas a pergunta é habitual: não se estragam aqui? A verdade é que estão em constante utilização e não lhes dou tempo para se estragarem ao estarem expostos a demasiada luz ou para passarem a validade
Quais os cereais.
Arroz branco (Tai, Basmati)
Arroz Selvagem
Arroz Vermelho
Arroz Integral
Aveia integral
“Quinoa”
Millet
“Trigo Sarraceno”.
Integrais e de preferência biológico.
Opto sempre por comprar o mais inteiro possível, o que aumenta o prazo de validade e qualidade do mesmo. Só compro em farinha quando não tenho alternativa, caso contrário opto sempre por transformar na minha cozinha.
As farinhas: Todos estes cereais e “pseudo-cereais” podem ser convertidos em farinha quando necessário. Outras farinhas, não provenientes de cereais e que gosto muito de utilizar: Grão. Castanha. Coco. Amêndoa. Caju. Avelã.
Qual a utilização.
- Granola – base alternada de flocos de aveia, de quinoa ou de trigo sarraceno.
- Bolos e bolachas
- Trufas energéticas, bites e tartes cruas.
- Panquecas e crepes
- Pães e tostas
- Massas, tartes e quiches
- Acompanhamentos ou bases de saladas – grão de trigo sarraceno, grão de aveia, “grão” de quinoa – branca, encarnada ou preta, ou grão de arroz – branco (tai, basmati), vermelho, preto ou selvagem.
- Wraps e Poke Wraps
- Camas de Tártaros e Ceviches.
Inspiração aqui:
- Bolachas artesanais de cacau, aveia e sementes.
- Bolachas artesanais de de arroz tufado.
- Salame de chocolate.
- Tarte de chocolate salgado e framboesa.
- Tartelettes cruas de chocolate e framboesa.
- Bolo tosco.
- Mix de bolas energéticas.
- Panquecas de aveia.
- Crepes.
- Granola de laranja e canela.
- Granola de baunilha e chocolate.
- Granola simples.
- Barcos de granola, iogurte e fruta.
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