Quando falamos em produtos embalados, diria para optar pelos que têm o menor número de linhas de ingredientes na etiqueta. Prefira os ingredientes integrais e que passaram pelo menor processo de transformação.

 

OS ADOÇANTES NATURAIS
As tamaras e os frutos secos, o nectar de agave, o nectar de côco, o mel cru, a baunilha, a canela e o açucar de côco são os adoçantes naturais que utilizo na maioria das minhas receitas. Mas é uma opção que surge depois de explorar toda a doçura das frutas, uma vez que ao serem maduras são normalmente suficientes para trazerem a doçura que preciso. Optando por vezes pelas tamaras ou frutos secos, como elementos que vêm não apenas adoçar, mas trazer também conscistência aos meus pratos.

Temos tendência para utilizar sempre o mesmo adoçante, mas na verdade cada um tem a sua função e especificidade em termos de sabor, cor e textura. Assim como cada uma tem o seu valor nutricional que deve igualmente ser tido em conta quando pensamos no sucasso de uma receita. Quando trabalhamos com comida crua, devemos saber que cada ingrediente é unico.

OS SUPERALIMENTOS
Os super alimentos são alimentos que são medidos na escala de ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity), a escala que mede o nivel de anti-oxidantes presentes na comida. São ingredientes de elevado valor energético e nutritional, ricos em vitaminas, minerais, enzimas e outros nutrientes, e têm um elevado nivel de absorção. O que mais podemos querer? Mas atenção, este é exatamente o motivo pelo qual a ingestão moderada é muito importante.

Nalgumas das receitas que vão encontrar no livro, especificamente no capitulo dos bowls, os super alimentos em pó, como o bao bab, o camu camu, o cacau, a clorela, o açai, a spirulina, a maca; ou em sementes, como a chia, o canhâmo; ou em especiarias como o gengibre fresco e a curcuma, estão muito presentes. Coloco-os nos bowls, porque gosto de iniciar o meu dia em força, esta é para mim a refeição mais importante. Mas estes podem ser substituidos ou simplemente eliminados da receita caso não os tenha em casa. As receitas não dependem dos superalimentos para serem confecionadas (quando acontece eu faço referência à necessidade de substituição).

É importante que tenham em conta, que no nosso dia a dia, já temos presentes muitos destes alimentos. Não sendo por isso necessário recorrer apenas aqueles que vêm do outro lado do mundo e que são apenas encontrados em lojas de produtos biológicos, podendo também encontrar super alimentos nos comuns mercados e supermercados. 

OS FRUTOS SECOS E AS SEMENTES
Na minha cozinha, tenho um pequeno canto, onde coloco em frascos todas as minhas as sementes e os meus cereais. A forma como penso as receitas, é influenciada pela forma como tenho a minha cozinha organizada, porque o jogo de ingredientes depende do que tenho à vista. A utilização de um ingediente puxa outro, e a criatividade simplesmente acontece.

São muitos, e cada vez que tenho visitas a perungta é habitual – não se estragam aqui? A verdade é que estão sempre em constante utilização, e cá em casa utilizo a famosa regra da restauração: FIFO (First in. First Out). Não volto a encher um frasco enquanto não o acabar. Todos têm a validade. Estão sempre a ser utilizados – para o pão, massas frescas, granolas, tartes, mousses de fruta, gelados, saladas, etc. Acho que é raro o prato onde não inclua um tipo de semente ou cereal. E por ultimo, estando à vista são o snack de qualquer visita. O que significa que não lhes dou tempo para se estragarem ao estarem expostos a demaisada luz, ou passarem a validade.

Os frutos secos que mais utilizo são os cajus, fundamentais para dar concistencia nas minhas mousses e gelados de fruta, as amêndoas e as avelãs que utilizo muito nas bases das tarte, e as nozes, os pistaccios e os amendoins que utilizo como toppings nas mais variadas receitas, desde os doces aos salgados.

Como sementes, utilizo desde as sementes de chia, girassol, sésamo e canhâmo nos meus bowls; às sementes de linhaça no meu pão, ou em topings nas minhas saladas, carpaccios e tártaros.

Muito importante é saber que ao demolhar as sementes e os frutos secos, está a ajudar no seu processo de digestão. Estes alimentos, têm na sua casca uma enzima inibidora que as protege na sua fase de crescimento – é tão interessante a forma como a natureza foi pensada e se defende, e que ao passar pelo processo de lavagem e imersão neutraliza as enzimas inibidoras, tornando a absorção mais facil e mais completa. As impurezas são também eliminadas o que enaltece naturalmente o sabor.

O tempo de imersão depende do tipo de fruto seco, quando mais densa a casca maior o tempo de imersão. Por exemplo, as amêndoas e as avelãs requerem mais tempo que os pinhões. Um processo que irá também influenciar o resultado final da receita, ficando mais ou menos liquida, ou mais ou menos cremosa, fruto da maior quantidade de agua que fica nas sementes e frutos secos. Quando demolha, utilize apenas as sementes e os frutos secos que não ficam no fundo, e não os que ficam a boiar. Este processo irá também ajudar na potencia da maquina que temos em casa, deixando de precisar de ser tão forte.

AS ESPECIARIAS
A malagueta e o gengibre são importantes ingredientes que não só estimulam o metabolismo, como ativam sabores e dão muita personalidade aos meus pratos. Quando os integro é claramente para fazerem a diferença. Já a baunilha e a canela estão no outro espectro, que de sabor muito distinto utilizo em receitas de doces muitas especificas.

AS ERVAS FRESCAS
Na minha cozinha, onde bate o sol, tenho os meus vasos de ervas frescas – hortelã, manjericão, cebolinho, coentros, salsa e tomilho. São fundamentais para as minhas receitas, e gosto de os ver a crescer, motivo pelo qual os rego com muito cuidado, colocando a agua apenas no prato, e as corto apenas à tesoura.

AS GORDURAS BOAS
Dou prioridade aos óleos vegetais prensados a frio, como o óleo de côco que utilizo na grande maioria das minhas receitas de doces; e o óleo de sementes de linhaça, de sementes de sésamo, o óleo de abacate e o azeite virgem extra que utilizo na maioria das minhas receitas salgadas.

OS LEITE VEGETAIS
O leite de amêndoa, de avelã e de côco são os leites que utilizo na maioria das minhas receitas. E são leites tão faceis de fazer em casa. Se optar por comprar, tenha em conta que não devem ter açucares adicionados.

 

 

 

 

 

 

 

 

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